Nas estradas urbanas, onde o asfalto se torna tapete e os carros, peças de um jogo frenético, a bicicleta emerge como uma poesia em movimento. Ela sussurra histórias de liberdade aos ventos da metrópole, suas rodas traçando versos de simplicidade e leveza em contraste com a cacofonia motorizada que cerca. Nesse palco de concreto e aço, a bicicleta transcende sua função utilitária, tornando-se uma dança silenciosa entre o homem e a cidade, um diálogo suave e harmonioso que ecoa a esperança de um cotidiano mais humano e conectado.

Diante do ritmo frenético que domina as ruas da cidade, convido-te a desacelerar e permitir que tua bicicleta repouse em um lugar de resguardo e cuidado, como quem encontra abrigo nas palavras de um poema. No bicicletário, ela não é apenas uma máquina de mobilidade, mas uma companheira de jornada que merece repouso merecido. Ali, entre sombras amigas e silêncios acolhedores, tua bicicleta torna-se parte de um mosaico de histórias compartilhadas, esperanças pedaladas e sonhos que, mesmo brevemente, encontram seu destino.

* Obra de Banksy de 2020, exposta em rua de Nottingham, Inglaterra.