
Na esquina de tempos idos, entre as ruas Barão de Macaúbas e Quintiliano Silva, encontra-se nosso refúgio erguido em 1935.
Barão de Macaúbas, nome que reverbera o passado em suas pedras, remonta à época do Império. Em 1823, D. Pedro I, em sua passagem pelo Brasil, agraciou o conselheiro Antônio Carlos Ribeiro de Andrada com o título de Barão de Macaúbas, em reconhecimento a seus serviços à nação. Este nobre legado ecoa nas raízes de nossa rua, refletindo a importância que nossa nação dá à memória e à preservação de sua herança.
Quintiliano Silva, por sua vez, figura emblemática do Brasil do século XIX, foi um abolicionista incansável, que dedicou sua vida à luta pela libertação dos escravos. Sua determinação e coragem são testemunhos vivos da resistência que moldou nossa sociedade. A rua que leva seu nome honra esse legado, lembrando-nos das batalhas travadas em busca da justiça e igualdade.
Nossa casa, construída em 1935, surge como um elo entre esses dois mundos, onde a tradição do passado encontra o progresso do futuro. Ela é testemunha silenciosa de décadas de transformações sociais, políticas e culturais. No seu interior, guardamos não apenas objetos, mas também histórias, memórias e sonhos que se entrelaçam com o tecido da cidade.
Ao estar na confluência destas duas ruas emblemáticas, nossa casa nos convida a refletir sobre o passado que nos trouxe até aqui e o futuro que construiremos juntos. Ela é um lembrete de que, assim como Quintiliano Silva e o Barão de Macaúbas, nós também somos agentes da história, moldando o destino desta cidade com cada escolha e ação.
Assim, em nossa casa de esquina, com suas paredes que ecoam o tempo, celebramos a riqueza da história que nos cerca e a responsabilidade de preservar e construir um futuro mais justo e igualitário, como verdadeiros herdeiros do legado da Barão de Macaúbas e Quintiliano Silva.