
Na poesia "Num Monumento à Aspirina", de João Cabral de Melo Neto, encontramos um eco da angústia que a cefaleia pode causar, transformando-se em um monumento à dor e ao alívio. Assim como o escultor esculpe a pedra, o chamado "poeta engenheiro" esculpe palavras para retratar a experiência pessoal da cefaleia, canalizando-a em um poema que transcende a mera descrição física. A aspirina, nesse contexto, torna-se mais que um remédio; é um símbolo de resolução, de enfrentamento das tormentas internas. Cabral, ao compartilhar esse fragmento de sua própria dor, convida-nos a refletir sobre a natureza humana e os caminhos que encontramos para suavizar nossos próprios fardos.